A expectativa em relação às poças d'água era grande. A quantidade, tamanho e dificuldade em passá-las mudava de acordo com o otimismo do informante. A quantidade variava de 5 a 10 e a profundidade de 20 com até um metro.
Por volta das 9 hs chegamos nas 3 primeiras; uma seguida da outra. Como a estrada é pouco movimentada, nem esperei por um carro. Peguei um pedaço de madeira e me meti dentro d'água e fui medindo o local mais baixo. Depois de terminar de escolher os pontos onde enfrentaria cada um aparece um caminhão no mesmo sentido que o meu. Então o cara resolveu a me ajudar. Ele passava um lago e eu via o lado mais raso e passava. Ele fez isso pacienciosamente nos três. Agradeci dando adeus para os dois homens, quando um dos homens que falava português disse: “ainda têm umas 5 para frente! Venha atrás de nós”. O motorista foi muito paciencioso. Como a Edivania passava a pé, demorávamos muito e ele esperava. Foi assim até passar o último; acho que o décimo. Alguns das poças a água cobriu o motor.
Numa dessas passagens a Edivânia caiu de cheio no meio do barro, molhando a filmadora. Por isso, a partir dessa queda não temos filmagens das passagens.
Numa das fotos a Edivânia mostra a marca onde a água bateu em uma das travessias.
Hoje foi o dia todo pilotando no meio da floresta. A Floresta diminui de altura e de densidade a uns 60 km aproximando da cidade mas a gente nem percebe quando chega ao povoamento. Chegamos na cidade de Linden por volta das 19 hs. Foram 444 km de estrada de terra desde que entramos na Guiana. Nesse trecho haviam apenas uns 3 pontos com casas e um garimpo, o restante mato denso.
Linden já está em festa pela passagem de ano. Muito barulho e transito intenso nas ruas estreitas. O hotel é de madeira e tem uma padaria em baixo. Por isso, até o momento o ar condicionado não solicionou o problema. Lá na rua está mais fresco que dentro do quarto. Linden é uma vila bem pobre. Deve ter uns 8 mil habitantes e uma grande usina de processamento de minério. Acho que é de bauxita; o cara disse em Inglês, mas não entendi. O inglês daqui, não entendo uma única palavra. Só converso através da escrita. Até para brigar com a recepcionista do hotel por causa de um Coffebrack foi na escrita. Os donos do hotel tem uma super padaria e não queria me dar o café da manhã. Acabei ganhando.
Muito legal, parabéns pela aventura.
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