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domingo, 1 de janeiro de 2012

31/12/2011 - Sábado - 253o. dia - Linden - Georgetown

Ontem a noite, quando fui cumprir minhas obrigações conjugais ocorreu-me uma coisa interessante e preocupante: tive câimbras. Primeiro foi o pé esquerdo em seguida nas duas pernas simultaneamente; com dor intensa. Minha mulher pensou que eu estava tendo uma parada cardíaca. Depois acordei duas vezes a noite com câimbras no pé esquerdo; o pé que trabalha na mudança de marcha.
Mas também foi um desgaste físico violento. Para percorrer os 444 km de terra gastei dois dias completos e o pedaço de outro. Nesse período comemos muito pouco. Não almoçamos nenhuma vez e quando fomos comer um prato com arroz e peixe, na pousada na balsa, o estômago não aceitou. A sorte é que sempre temos leite, chocolate e bolacha na bagagem. Também demos sorte que em ambos os locais onde dormimos tinha local para tomar banho e o sono foi tranquilo.
Sem contar o tombo. Geralmente eu parava quando outro carro aproximava para cruzar, porém, num local onde a estrada era mais larga, achei que já estava craque na terra e não parei. Quando joguei mais para a esquerda (mão inglesa) o pneu pegou um banco de areia e me atirou para o meio do caminhão; para evitar ser pisado pelas rodas traseiras, joguei de volta e o resultado foi a queda. A sorte foi que a areia amorteceu o peso da Celestina e a bota salvou-me de uma queimadura. O resultado foi somente uma torção do tornozelo, cuja dor passou logo. Mas o susto deve ter retirado muitas energias do meu frágil físico.
Estranhei um país tão pequeno existir uma extensão tão grade sem povoamento. Mas deu para notar que a floresta é fixada em cima de uma areia branca. Acho que se retirar a floresta o chão vira deserto, por isso a falta de ocupação da região. Mas num dos pontos de parada tem uma grande madeireira com uma quantidade enorme de toras espalhadas para todo lado.
Sempre tiro fotos dos cemitérios exóticos. A primeira foto é outro.
Acostumar a dirigir do lado esquerdo da pista, não dá, pois a minha coordenação motora é lenta para adaptar. Na estrada de terra, quando quase não encontrava carros de frente, certa vez eu procurava pontos de estrada de um lado e outro, quando, de repente, aparece um carro. Minha primeira reação foi jogar para a direita, sendo que o correto era para a esquerda. Felizmente estávamos, ambos, em baixíssima velocidade.
Acostumar com o motorista do lado direito do carro é pior ainda. Toda vez que vou procurar informação com um taxi penso que o carro está sem motorista. O motorista conversa comigo e eu penso que é passageiro.

3 comentários:

  1. Eita estrada hem Godois...tá louco!!!
    VC virou mestre das estradas de fato.
    Parabéns.Viagem magnífica. Desci da garupa
    virtual nesse trajeto.
    Abç Rui Leite e galera.

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  2. Parabéns Crazy oldman rider!! Eu só conheço você e o Joelmir Orgivas, paulista, morador de Manaus, (que agora deve estar lá pelo Ecuador) que fazem trail com motocicleta custom...(Sombras) kkkk
    Estou pasmo com a resistência dessa moto. A do Joelmir é tb 2008 como a sua. A minha (Tina Turner) já é 2009, injetada,Eu tinha planos para trocá-la por uma bigtrail, mas acompanhando suas viagens e a do Joelmir será com a minha Tina que irei no seu rastro primeiro pro Ushuaia e depois para Prudhou BaY. Estou acompanhando vocês! Sigam sempre com Deus!! Boa viagem e um feliz retorno!!

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  3. Grande Sinomar, Mestre das estradas. Muitos obstáculos nessa fase da viagem hein !!!? 400Km de estrada de terra pilotando uma Shadow, temos que tirar o chapéu mesmo. Aplausos... Cai na risada aqui com suas confusões com os taxistas em veiculos para mão inglesa. Ainda bem que a viagem tem essas tiradas humorísticas.
    Abraço grande mestre. Feliz retorno!!!

    Format
    Goiânia-GO.

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