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sábado, 31 de dezembro de 2011

30/12/2011 - sexta-feira - 252o. dia - Floresta Amazonica da Guiana


A expectativa em relação às poças d'água era grande. A quantidade, tamanho e dificuldade em passá-las mudava de acordo com o otimismo do informante. A quantidade variava de 5 a 10 e a profundidade de 20 com até um metro.

Por volta das 9 hs chegamos nas 3 primeiras; uma seguida da outra. Como a estrada é pouco movimentada, nem esperei por um carro. Peguei um pedaço de madeira e me meti dentro d'água e fui medindo o local mais baixo. Depois de terminar de escolher os pontos onde enfrentaria cada um aparece um caminhão no mesmo sentido que o meu. Então o cara resolveu a me ajudar. Ele passava um lago e eu via o lado mais raso e passava. Ele fez isso pacienciosamente nos três. Agradeci dando adeus para os dois homens, quando um dos homens que falava português disse: “ainda têm umas 5 para frente! Venha atrás de nós”. O motorista foi muito paciencioso. Como a Edivania passava a pé, demorávamos muito e ele esperava. Foi assim até passar o último; acho que o décimo. Alguns das poças a água cobriu o motor.

Numa dessas passagens a Edivânia caiu de cheio no meio do barro, molhando a filmadora. Por isso, a partir dessa queda não temos filmagens das passagens.

Numa das fotos a Edivânia mostra a marca onde a água bateu em uma das travessias.

Hoje foi o dia todo pilotando no meio da floresta. A Floresta diminui de altura e de densidade a uns 60 km aproximando da cidade mas a gente nem percebe quando chega ao povoamento. Chegamos na cidade de Linden por volta das 19 hs. Foram 444 km de estrada de terra desde que entramos na Guiana. Nesse trecho haviam apenas uns 3 pontos com casas e um garimpo, o restante mato denso.

Linden já está em festa pela passagem de ano. Muito barulho e transito intenso nas ruas estreitas. O hotel é de madeira e tem uma padaria em baixo. Por isso, até o momento o ar condicionado não solicionou o problema. Lá na rua está mais fresco que dentro do quarto. Linden é uma vila bem pobre. Deve ter uns 8 mil habitantes e uma grande usina de processamento de minério. Acho que é de bauxita; o cara disse em Inglês, mas não entendi. O inglês daqui, não entendo uma única palavra. Só converso através da escrita. Até para brigar com a recepcionista do hotel por causa de um Coffebrack foi na escrita. Os donos do hotel tem uma super padaria e não queria me dar o café da manhã. Acabei ganhando.


29/12/2011 - quinta-feira - 251o. dia - Estrada de Terra Guiana



Bebemos o tradicional leite com chocolate com dois pequenos pães de queijo para cada um, que sobraram do dia anterior, complementados com algumas bolachas. A poucos quilômetros da fazenda a estrada melhorou, diminuindo as costelas de vacas, e pudemos atingir 50 km em alguns pontos; provalvemente alcançando uma média de 30 km por hora. Um grande ganho tendo em vista que até então, raras vezes pude atingir 30 km/h.

Lá pelas 10 horas encontramos um pé de caju carregado na beira da estrada e enchemos a pança. Foi nossa sorte, porque depois as árvores que eram baixas começaram a aumentar de tamanho, até virar uma grande e densa floresta. Essa floresta é uma reserva que tem guarda na entrada e na saída com anotação de todos os carros que entram e saem. São 70 km dentro dessa floresta aqui denomina de Amazônica. Por se tratar de reserva não tem uma única casa nesses trajeto. Tivemos que comer bolacha e uma barra de cereal como almoço.

Num certo momento dentro dessa floresta escuto um barulho de alguma coisa quebrando debaixo da moto, parei para ver era a barra estabilizadora do freio que tinha se soltado. Quando montamos a roda no Panamá devemos ter deixado de travar a porca. A sorte foi que o suporte do galão de gasolina tinha porca no mesmo tamanho e pudemos continuar a viagem. Nessa hora gastamos o último galão de gasolina.

No final da reserva tem uma balsa, num grande rio, e depois dela uma pousada.

Quando estávamos na balsa fomos orientados a dormir nessa pousada porque existem grandes poças de água na estrada os quais pode impossibilitar a passagem da celestina. Um motorista de van disse que não passarei, tendo em vista que a água bate no farol do carro. Mas um venezuelano que passou de carro e um bêbado, dizem que da para passar. De forma que por volta das 16 hs já estávamos escolhendo o local para armar a barraca ao lado da pousada. Tentamos comer um prato de arroz e peixe mas não desceu. Até o peixe sobr4ou no prato.

Apesar da baixa velocidade ainda conseguimos andar 185 km no ida.


28/12/2011 - quarta-feira - 250o. dia - Boa Vista - Guiana (Inglesa)

Obs.: Perdi as fotos do dia de hoje, onde tinha fotos do Centro de Boa Vista, do pessoal da TV Roraima e da Entrada na Guiana.

Hoje acordamos cedo para assistir a nossa entrevista que passaria no jornal que começa as 6:00`. Mas o jornal;ista já nos tinha prevenido que as matérias mais leves fica mais para o final do jornal por volta das 7:30. Como aconteceu. Daí arrumamos as coisas bem devagar e saímos la pelas 9 hs.

Quando entrei no supermercado para comprar comida para a viagem um cliente me reconheceu e veio me cumprimentar. Daí para frente foram diversos reconhecimentos. Na policia Federal e até já dentro da Guiana.

A passagem pela Aduana da Guiana não foi muito tranquila. Primeiro nos faz esperar para depois nos avisar que tínhamos que ir na cidadezinha próxima para comprar o seguro e tirar duas xerox de cada um dos documentos. Depois que conseguimos localizar o cara que vende o seguro, voltamos e já tinha mudado de funcionário e me exigiram um documento que devia ser expedido pela Receita Federal do Brasil. Voltei ao Brasil e depois de esperar a funcionária que fazia o serviço voltar do almoço fui informado que aquele documento era emitido somente para carros importados que saem do Brasil. Voltei na Aduana e o cara estava inflexível. Até que resolveu falar com um colega de trabalho foi que concordou em autorizar a entrada da Celestina. Entre a a decisão de me liberar até a expedição final do documento foi mais uns 40 minutos.

Voltamos na cidade para abastece e comprar água e pegamos a estrada. Agora rodaremos mais de 400 km em estrada de terra.

Após andar 16 km descobrimos que um dos galões de gasolina reserva já tinha perdido mais de um litro, justamente do lado do escapamento. Após 33 km paramos na primeira construção que apareceu desde nossa saída da cidade. Era uma fazenda.

Armamos a barraca ao lado de um rio em cujas água morna nos banhamos após tomar um leite com chocolate e pão de queijo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

27/12/2011 - terça-feira - 249o. dia - Boa Vista - Roraima


Levantamos com o chamado para o café da manhã: pão francês, manteiga de leite, margarina, presunto, banana frita, torrada, mamão, leite e café. Comemos e preparamos para conhecer a praia da cidade.

O Rio Branco banha a cidade de Boa Vista e ele oferece praias com areia bonita as quais a população invade nos finais de semana.

Às 16:40 terminamos a nossa entrevista com a TV Roraima. Mas não será possível colocar o link aqui, pois eles ainda não dispõem de equipamentos para suportar esses arquivos.

26/12/2011 - quarta-feira - 248o. dia - Boa Vista - Roraima



A saída da Venezuela foi muito fácil. Outros países são bem mais burocráticos e caros para entrar e sair. Na Venezuela é tudo grátis.

Os futuros viajantes que passarão pela Venezuela deverão atentar e checar antes sobre uma dúvida que estou:

1 – Quando entrei na Venezuela troque Dólar na razão de U$ 1 = B$ 4.000,00.

2 – Numa finaceira de Caracas troquei U$ 300,00 por B$ 1.200,00, ou seja: 1 x 4;

3 – Meus gastos com cartões de créditos converteram na proporção de U$ 1 x B$ 4.000,00;

4r – No Navio para Ilha ??? uma brasileira disse que na entrada da Venezuela do lado do Brasil ela trocou o dinheiro na seguinte razão: R$ 1 por B$ 4.000,00;

5 – Um brasileiro no hotel de Santa Elena disse ter trocado na mesma proporção dita pela mulher, ou seja: R$ 1 x B$ 4.000;00

6 – Eu vendi meus Bolivares na proporção de R$ 1 x 4.060,00.



Portanto cabe ao futuro viajante esclarecer essa dúvida. Será que os cambistas da entrada da Venezuela estabeleceram um novo valor para o Bolivar?



Voltando para minha viagem, pegamos as estrada do lado brasileiro, cheia de buracos e remendos que mais pareciam quebra-molas. Xinguei o governo brasileiro por uns 50 km. Mas depois a estrada foi melhorando até ficar excelente após uns 100 km rodados.

Entre a divisa e Boa Vista, uns 260 km, não tem posto de gasolina. Para não comprar o produto no cambio negro eu usei meus 8 litros dos tanques reservas que trazia da Venezuela.

Chegando em Boa Vista procurei logo uma concessionária para trocar o óleo da Celestina. Um cara muito ruim de serviço que detesta Shadow foi fazer o serviço. Muito ruim. Para tirar o filtro usou até martelo. Tentou arrumar o farolete traseiro que está queimado e causou curto que queimou os piscas. Trocou os fusíveis queimados, mas disse que aquele problemas eles não resolveriam. Para ver se tem algum fio solto ou arrumar o bocal da lâmpada tem que tirar a roda. Então perguntei se deixando para o outro da ele arrancaria a roda e aproveitava para trocar as fibras traseiras. O cara fez uma exclamação e disse: “aqui em Boa Vista quem tem uma moto Shadow não tira ela da garagem!” por isso não temos peças e nem experiência para essa moto!”. De forma que continuarei a andar sem farolete.

Depois fomos abastecer e encontramos dois irmão cubanos que desejam fazer uma viagem ao Alaska e ficaram quase uma hora nos entrevistando. Perguntamos-lhes se não teriam um quintal para acamparmos, responderam dizendo que nos levaria a um hotel barato, mas a Edivânia não gostou do custo benefício. Esperamos eles sumirem para partimos.

Já estava escuro quando entramos num supermercado e quando saí tinha um punhado de pessoas conversando com a Edivânia. Entrei na conversa e tinha um mais curioso que os demais aproveite para lhe fazer o questionamento tradicional: “você não tem....”. Ele ficou meio sem graça e disse: “Cara! Eu também estou de penetra numa casa; sou de Manaus, mas vou ver com a dona da casa se ela pode te ajudar”. Para encurtar o texto, dentro de uma hora eu já tinha jantado, entrado no quarto do seu filho, mexido no computador da sala e uma entrevista marcada para o dia seguinte com a TV Roraima, afiliada da Globo.

O nome da Dona da Casa é Marlene Lira (aparece na primeira foto com blusa mais clara) e o do Cara de Pau que me trouxe para a casa da Marlene é o Ricardo (camisa roxa). A esposa do Ricardo, Elisângela (blusa estampada), é que é amiga da Marlene e trouxe a mãe (blusa verde), o filho e o marido para passar uns dias aqui. Mesmo assim nos coube na turma.

A Marlene nos cedeu a casa do seu pai que está em reforma e conta com banheiro e ar condicionado no quarto.
A segunda foto foi tirada durante o jantar.


domingo, 25 de dezembro de 2011

25/12/2011 - Domingo - 247o. dia - Santa Elena de Uiarén - Venezuela









Felizmente no posto que estava a frente tinha gasolina. Aproveitamos para encher, inclusive os tanques reservas, porque é sabido que nas divisas o exercito não deixa vender gasolina para pessoas não credenciadas previamente.

Nossa intenção era dormir em Boa Vista capital da Roraima no Brasil. Mas devido o Natal a Aduana estava fechada e tivemos que dormir em Santa Elena e esperar a segunda.

Amanhã saio da Venuzela que me surpreendeu. Imaginava um país pobre economicamente e intelectualmente devido ao que a imprensa do Brasil escreve e fala a respeito do seu presidente. Na minha concepção Hugo Chaves vai ficar no poder enquanto quiser. Parece que o País nem tem conhecimento do Presidente que tem. Pensava que era um pais de capitalismo fraco devido ao Socialismo pregado por Hugo Chaves, o que vi foi um capitalismo pujante.

Parece que o Hugo Chaves adota o mesmo programa que o Lula adotou no Brasil: distribui dinheiro para os pobres e esse dinheiro injetado na economia, movimenta e fomenta o capitalismo.

Segundo algumas informações, aqui também as famílias pobres recebem uma mesada do Governo, mas a gente não vê tantas pessoas desocupadas como na Bolívia, Peru e nordeste brasileiro.

Para mim foi ótimo! gasolina quase de graça, pedágio grátis e policiais honestos. Com frequência aparecem placas nas rodovias pedindo para denunciar policiais corruptos.

O preço dos hotéis de dos alimentos que achei um pouco caros, mas a população não está nem aí. Filas e mais filas nos Shopings, Mac Donalds e engarrafamento para não acabar mais.

Por isso, se precisar do meu voto, Hugo Chaves continua. Ele precisava modernizar o país. Aqui a burocracia é muito grande. Conforme já escrevi, qualquer movimentação financeira exige-se as digitais dos dois polegares.

Outros aspectos que achei deficitários foram a agricultura e o turismo. Acredito que com o dinheiro do petróleo ele poderia investir mais nessas duas áreas. Quase não se vê turismo estrangeiro e muitas áreas que poderiam ser irrigadas (eu acho) estão improdutivas. Mais para o lado de Roraima, antes de começar as reservas indígenas, tem uma extensa área dedicada à pastagem para gado de corte. Mas a terra do país, por onde eu passei é pobre para agricultura e montanhosa.


24/12/2011 - Sábado - 246o. dia - Reserva indígina - Venezuela


Agora são 23 horas no Brasil e 20 horas aqui onde estou. Dia de Natal. Paramos para dormir num posto policial numa reserva indígena da Venezuela. A previsão era chegar mais cedo na próxima cidade. Acontece que não contávamos com tantas curvas e a subida de uma grande serra. Talvez por causa do Natal, parecia que era somente nós na estrada, muito pouco carro vinha em sentido contrário e nenhum nos ultrapassava.

Três pontos com árvores caídas e dois declives muito grandes, devido a recentes enchentes, causou-nos grande susto.

Outro susto foi encontrar o posto de gasolina fechado por falta do produto, justamente o posto que precisávamos. Aí as informações sobre o próximo posto foram divergentes: uns disseram que era só a 300 km, pois queria vender o produto no cambio negro, 50 km, 25 km e ficamos doido. Mas uma funcionária do Hotel disse que tinha um a 75 km, preferi acreditar nessa informação e partimos. A gasolina que tínhamos dava para rodar essa distância, porem batia-nos medo de encontrar o posto fechado por causa do dia de Natal.

A região aqui é cheia de vilas indígenas e suas respectivas reservas. Depois veio uma área de floresta densa que invadia a estrada de ambos os lado. A estrada não tinha um centímetro de acostamento. As curvas na subida da grande serra e o cair da noite deu mais temorosidade ao trajeto. Por diversos momentos outro temor batia: “se a moto estragar nessa serra não tem onde encostá-la, nem de dormirmos”. Hoje, sentimo-nos como aventureiros de verdade.

Após de terminarmos a subida da serra já era noite e não dava mais para rodar com os grandes buracos que eventualmente aparecia na pista. Assim, numa reserva indígena, tinha um posto policial e pedimos para acampar. Acampamos ao lado de um presépio feito pelos índios cuja foto segue acima. Fiquei sensibilizado com a simplicidade do presépio, cujos únicos objetos, fora do contexto era as luzes e um elefantinho branco.

Um aspecto que ia esquecendo é que paramos num posto para abastecer e procurar algo para almoçar. Como não gostamos de nada que tinha no restaurante íamos saindo para procurar outro quando uma senhora saiu do seu carro e nos entregou três Tamalitos dizendo que era presente de Natal. Tamalito é uma espécie de pamonha, porém feita de fubá de milho, embrulhada na folha de bananeira e com muito mais recheio que a pamonha. Trata-se de uma comida típica da América Central que aprendemos e ajudamos a fazer no Panamá enquanto esperávamos a moto ficar pronta. O Tamalito que a Edivânia ajudou a fazer foi por encomenda do Palácio Presidencial de Panamá. Este foi nosso almoço.

23/12/2011 - sexta-feira - 245o. dia - Puerto de La Cruz - Cidade de Guaiana - Venezuela



Saímos de Puerto de La Cruz e rumamos para o lado do Brasil. Pelo mapa do Google serão quase 900 km até a divisa. A viagem não teve maiores incidentes e nem grandes coisas para apreciar. As estradas na Venezuela são bem conservadas. Às vezes aparece algum buraco grande sem a gente estar esperando, mas são poucos. A maioria são rodovias que já foram pedageadas.

No dia que embarcamos para A Isla Margarita, tinha um sujeito sentado ao lado de uma grande moto sport, 1000 ou 1200 cc. Ao passarmos bem devagar para o embarque ele gritou que a gasolina da região continha água. Então pensei: “coitado a moto dele parou!”. Dentro do navio o encontrei novamente e ele foi me explicar que após os 200 km/h a moto começava a engasgar. Eu ri, e disse que se fosse minha nunca descobriria tal problema.

Hoje sofri na pele o problema da gasolina. Calculadamente tive que usar a reserva para chegar até Cidade del Guaina. Porém quando virei a chave para a reserva, a Celestina começou a engasgar e parou. Dava partida, arrancava e apagava. Com muito custo descobri que se saísse de segunda ela não apagava. Assim tive que rodar uns 30 km a 40 km por hora com ela rateando, como se estivesse acabando o combustível. Para piorar o chuva começou. Pensei que ao abastecer o problema resolveria, mas não. Tivemos que entrar na cidade para procurar local de dormir com ela apagando de 5 em 5 minutos. Logo que me senti dentro da cidade, por decisão e escolha da Edivania, começamos a busca por uma residencia para acamparmos, tendo em vista que para nós seria mais fácil que procurar hotel. Com chuva fica mais difícil, tendo em vista que as pessoas se fecham nas casas. Depois de uma quatro tentativas uma moradora nos mostrou uma Igreja Evangêlica que poderia nos abrigar. Quando chegamos nas proximidades da Igreja um senhor numa camioneta dos abordou para perguntar o que queríamos. Era o Pastor. Dissemos que precisávamos de acampamento e ele nos conduziu para o pátio da sua Igreja dando área coberta, banho e até um delicioso e quente pão recheado com azeitonas, bacon e presunto.

Dormimos ouvindo a chuva. O cansaço era muito grande, tendo em vista que devido a viagem de retorno no farryboat, dormimos menos do que de costume.

O nome do Pastor é Eugenio Malave mas o nome da Igreja ficou ilegível.


22/12/2011 - quinta-feira - 244 dia - Isla Margarita - Venezuela



Apesar da chuva, andamos bem pela ilha de Margarita. Depois de estar nela a gente nem lembra que está numa ilha. As placas indicando as distancias das cidades marcam 20, 30 e até 40 km de distância. As duas principais cidades emendam e se tornam um povoamento bem grande. Algo em torno de 500 mil habitantes (um chute). Visitamos dois grandes Shopings Centers, ambas vezes para comer.

Paramos num posto de Gasolina do centro para esperar a enxurrada oriunda de uma grande pancada que caia no momento. Deixamos a Celestina ao lado de uma bomba que não funcionava e adentrei para uma loja de autopeças que funcionava no local. Nas primeiras conversas ganhei café e a senha do Wi-Fi. Aí atualizei o Blog e conversamos muito. A única foto que aproveitou do dia são de dois dos tres funcionários da loja.

Como a chuva não parava e já tínhamos vistos as principais praias, fomos até a estação do farryboat para providenciar as passagens, pois, quando chegamos, não teve jeito de perguntar os horários de retorno. A estação fica a 30 km da principal cidade. Ao chegarmos o navio das 16 hs estava saindo e conseguimos passagem para as 20 hs. Como ainda faltavam 4 e a gasolina é muito barata, nos demos ao luxo de voltar na cidade (60 km de ida e volta) para comer um Mac Donalds visando embarcar com a barriga cheia.

Na volta passamos medo de perder o horário, tendo emvista que o trânsito estava parado. Tive que zigue-zaguear entre os carros. Aliás, congestionamento é uma das marcas da Venuzela. Qualquer merreca de cidade tem congestionamento. É muito carro na rua e na estrada. Na estrada, uma interrupção de pista gera quilômetros de fila.

O navio só saiu as 21 hs e chegamos em Puerto de La Cruz as 2 hs da manhã. Às 3 estávamos com a barraca montada na varanda da casa da família que nos deu guarida na primeira noite.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

21/12/2011 - Quarta-feira - 243o. dia - Puerto de La Cruz - Venezuela



Hoje foi dia de espera: chegamos no guichê do Farryboat para comprar os bilhetes para Isla Margarita e tivemos que esperar. As 11 horas terminamos a compra. O navio só partia as 14 hs. Depois ficamos 7 horas navegando entre Puerto de La Cruz e Isla Margarita.

Na Venezuela é tudo muito burocrático. Acho que temos que ressuscitar o Beltrão para eles. Aqui ainda se usa a impressão digital para quase tudo. Para operações financeira e contratos bilaterais de direitos e deveres.

Chegamos em Margarita depois das 19 horas, debaixo de chuva e com muita fome de comida de sal. Para chegar na Cidade principal da ilha andamos mais 30 km onde pudemos comer. Depois já por volta das 22 hs saímos para procurar local de dormir.