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sexta-feira, 11 de março de 2011

Para que GPS?

GPS, não obrigado!

Sou cobrado e até censurado por não levar um GPS nas minhas viagens. Às vezes chego a ficar com peso na consciência por não possuir um. Nunca tive um argumento forte que me desse segurança na argumentação para convencer meus interlocutores e a mim mesmo. Porém hoje recebi um e-mail do Fábio Sironi contendo um relato que veio reforçar consideravelmente as minhas futuras argumentações, o qual transcrevi abaixo:

"Você acorda toma café e se prepara para iniciar o dia na estrada, antes de por o capacete teu dia já está programado, às 18:00h chegaremos ao destino, já temos o endereço do hotel e faremos três paradas para abastecer; é esta previsibilidade que me incomoda um pouco. Para mim basta os compromissos do dia-a-dia em casa: horário do ir ao banco, não esquecer de por água para o cachorro, carregar a bateria do celular, aí nas viagens, continuar escravo da tecnologia e ainda ficar aflito pois era para chegar às 18:00h mas agora tá marcando que chegaremos somente às 19:20h.

E finalmente quando chegando ao destino nos pegamos novamente mexendo no GPS marcando o próximo destino.

O GPS nos torna muito auto-suficientes e sem querer passamos a interagir menos durante a viagem, gosto muito de conversar

nas paradas, pedir informações, conversar com camioneiros, saber como estão às estradas, por vezes seguimos o que nos indica o equipamento sem questionar, conforme a configuração pode ser o caminho mais rápido ou o mais curto, mas nos faltam informações, gosto de saber sobre buracos, sobre movimento de caminhões, sobre passar ou não por centros urbanos e até sobre a atividade da polícia. Nada nos impede de usar o GPS e ainda pegar informações, mas o fato de não haver uma necessidade latente nos faz ficar mais preguiçosos, ou seria presunçosos?"

Valeu fabio!