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terça-feira, 30 de agosto de 2011

29/08/2011 - segunda-feira - 129o. dia










Dedico este Post à Edileuza, funcionária de carreira da Prefeitura Municipal de Morrinhos e ex-secretaria executiva do ex-Prefeito Rogério Troncoso. Funcionária exemplar na execução das suas atribuições.
Ontem foi um dia que passamos por três estados americanos: Wiscosin, Illinois e Indiana. Dormimos em Indiana e, hoje rapidinho entramos no Estado do Michigan. Foi um dia de pouca estrada. Demoramos num Mac Donalds para atualizar o Blog cuja internet estava muito lenta. Depois vimos um hotel anunciando diária de U$ 39 e resolvemos parar para lavar as roupas.
De forma que não temos muitas fotos da estrada ou das cidadezinhas pelas quais passamos. Assim vou adicionar mais algumas fotos de Chicago que não coloquei no Post de ontem, mas acho que justificam-se, pela beleza, além de duas fotos de placas.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

28/08/2011 - domingo - 128o dia
















Vou dedicar este Post ao Advogado Murilo Alexandre que aniversaria amanhã (hoje quando escrevo). O Murilo que, entre seus 10 e 12 anos, por volta de 1992, ia lá para casa e, juntamente com seu xará, meu filho, desenvolviam jogos para computador, num CP-500 e depois num XT. Se tivessem seguido nessa arte, hoje estariam milionários.
         Hoje fomos acordado as 6 hs da manhã por dez motociclistas, sendo uma mulher, que resolveram se encontrarem onde estávamos dormindo, para ir tomar café da manhã e rezar numa cidade próxima.
          Chegaram perto da barraca chamando “brrasileiro!!” . Aí tive que levantar. Eles estavam bem humorados. Tudo que eu falava com meu minúsculo vocabulário inglês riam absurdo. Foram uns 30 minutos de conversa e risadas.
Chicago é simplesmente o máximo! Como diz um amigo meu: “Chicago é o bicho!”.
Em pleno domingo peguei três congestionamento e assisti a um quarto muito grande. Este quarto, na realidade foi o primeiro. Ele formava na pista oposta à minha e era motivada por uma festa. Cerca de 10 km de fila.
Tirando os congestionamentos, a cidade é, simplesmente, bela. Quem vier ao USA recomendo: venha visitá-la. Das grandes cidades foi a mais bonita que passei pelos Estados Unidos, até agora, inclusive Los Anges e São Francisco.
As fotos dirão mais do que o texto que eu escreveria aqui. Centenas ou milhares de pessoas passeando pelos parques e área costeira é contagiante.
Outro problema que notei aqui foi uma certa segregação racial. A gente veio descendo pelo lado norte e as cidades que formam a região metropolitana de Chicago não viámos pessoas negras, a não ser dirigindo carro. A população era totalmente branca. Depois que rodamos o centro da cidade, partimos para Sul com vistas a pegar a rodovia rumo a Detroit. Foi então que passamos por uma grande extensão de bairros cuja população era predominantemente negra. Paramos uma vez para abastecer e duas vezes para procurar supermercado e tivemos a oportunidade de conviver com a irreverência de alguns deles. Trata-se de uma experiência inédita. Fique com vontade de passar alguns dias alí no meio daquele povo. Os cortes e arrumação do cabelo; as roupas, sobretudo as calças caindo dos homens. Tive que pedir informação umas três vezes e quando eles vianham me responder com o peito levantado, como para intimidar. Vinha um, logo aproximavam outros. A auto-estima deles é muito boa.



27/08/2011 - Sábado - 127o. dia








Dedico este Post ao meu sobrinho Alex que tornou-se pai no dia 05/08. Dedico também à mãe Nayra e à filhinha Nathalia. Parabéns ao casal.


A viagem de hoje, apesar de ter mudado de estrada para ver se melhorava, foi muito sem graça. Na primeira estrada o transito era violento: muito carro, caminhão e muita velocidade, o que me impedia de apreciar a paisagem. Na outra, menos carros, um pouco mais longe, mas a paisagem é a mesma: lavouras e mais lavouras.

Após pilotar no cenário descrito anteriormente, chegamos a Green Bay, cidade industrial cujos acessos, em reforma, dificultaram nossa ida ao centro. Depois passamos por Manitowoc, outra cidade industrial em decadência. Acho que o DOWSIZE da AMBEV deve ter passado por lá. Uma grande fábrica ostentando três grandes garrafas da cerveja Budweiser parece estar desativada e ao seu redor, no centro da cidade, diversos prédios comerciais e residências estão abandonados. O comércio na entrada da cidade é pujante, mas deve ser por conta dos transeuntes da rodovia muito movimentada. Nos USA e no Canadá, talvez pelo alto poder aquisitivo que motiva o consumismo, pequenas cidades ostentam dois ou três grandes supermercados, além de outros negócios.

Mais em baixo. Continuando pela Roa 43 passamos por Sheboygan esta um pouco mais bonita, mas mal cuidada, com grama secando e jardim morrendo. O que salva nela é uma bonita praia. A invisibilidade da margem oposta devido a curvatura da terra e o tamanho do lago, trasmitem a sensação de estarmos ao lado do mar; até ondas a praia tem.

Nesta cidade encontramos um parque e nele dormimos.

26/08/2011 - sexta-feira - 126o. dia









Dedico este Post ao Advogado Onofre Alexandre. Uma das pessoas mais equilibradas, emocionalmente, que já conheci. Sua paciência para escutar e explicar é monástica. Correção com a legalidade, nem se fala. Ele sim é um bom religioso: dá exemplo de  amor ao próximo.
Às 10 horas em ponto estávamos na porta da loja novamente. Porém as peças só foram chegar após as 12 hs. A loja tem uma sala bem confortável com TV, água e café quente e gostoso, além de Wi-Fi. Então me senti em casa. Depois da moto aberta o mecânico me informou que só haviam estragados um retentor e uma borracha de vedação que seguram o óleo dentro do Cardã. Informou-me, também que o problema deve ter sido causado por excesso de óleo. Engraçado que o Walter Marinheiro, meu amigo de Morrinhos, tinha-me falado dessa possibilidade. Uma vez ocorreu problema semelhante com a moto dele.
Por volta das 16 hs veio a conta: U$ 353,16 cujo rateio foi o seguinte: Peças: U$ 80,43; Mão-de-obra U$ 267,00 e taxas: U$ 5,73.
Apesar da conta meio salgada, para um brasileiro e, principalmente para um durão como eu, até que fiquei feliz. Tinha receio de ter rodado sem óleo no cardã e, por isso, suas engrenagens terem estragadas.
Não concordei muito com o diagnóstico de excesso de óleo, tendo em vista que troquei o óleo no México e a colocação do óleo é feita com a moto em pé e qualquer quantidade que passar do nível derrama. Acho que o problema foi ocasionado por dois fatores: idade e peso. Afinal já são 90 mil km rodados quase todos com bastante peso e, muitas vezes, em estradas sem pavimentação e subida de serra que exige muito do sistema de transmissão. A Celestinha j[á deve ter pecorrido quase 5 mil Km em estradas não pavimentadas.
Recolocamos toda a bagagem na Celestina e pegamos estrada novamente, antes passando pelo centro de Minneapolis e St. Paul.


domingo, 28 de agosto de 2011

25/08/2011 - Quinta-feira - 125o. dia


Hoje foi um dia parado em Minneapolis. Chegamos à oficina, antes dela abrir às 10 hs. Tinha dois motociclistas na minha frente de forma que fui rapidamente atendido. O recepcionista olhou o vazamento do cardã, pediu os dados da moto, foi ao computador, virou a tela para mim e mostrou duas ou três peças que não existiam em estoque, informando-me que não poderia abrir a moto sem ter essas peças disponíveis e elas demorariam entre 3 a 5 dias para chegar, salvo se eu pagasse U$ 60 para elas virem no “SEDEX” deles. Tentei convencê-lo a abrir, mas ele me convenceu ao contrário dizendo que uma das peças era um retentor que uma vez retirado, precisaria de um novo, independente de estar estragado ou não. Autorizei a o transporte urgente e fui para um hotel barato que o próprio recepcionista da oficina arrumou para mim.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

24/08/2011 - quarta-feira - 124o. dia







Dedico este Post ao Advogado Aloíso Francisco do Nascimento. Profissional atuante e eficaz, tanto na prefeitura como na área cívil. No tempo daTelegoiás éramos parceiros um ajudando ao outro. Ultimamente tomamos lados profissionais opostos, mas a amizade continua.


Logo no inicio da viagem paramos num centro de informação ao turista, tendo em vista que deixamos o Estado de Dakota do Norte e entramos Minnesota. Na conversa com a senhora recepcionista ela me disse que a rodovia 371 que era mais bonita e com mais atrações turísticas que a 2. Então mudamos de rumo: deixamos de rodar para o Leste e tomamos a direção Sul. O objetivo final, que é Minneapolis não mudou. O que muda são as cidades intermediárias. Nunca vou saber se a troca foi boa, mas não me arrependi. Segundo informação das placas dos veículos, Minnesota tem 10.000 lagos, e muitos ficam ao lado da estrada que passei hoje. Uma região bem preparada para receber o turista, tendo, inclusive, um lindo cassino onde perdemos U$ 5 no caça-níqueis.

A paisagem mais diversificada e o vento batendo na traseira tornaram a viagem menos cansativa que a de ontem. Desde o Canadá estávamos em estradas retas ladeadas por lavouras e pastagens que tornaram a viagem muito monótona. Agora somos surpreendidos a todo momento com um lago.

A noite quando fomos montar a barraca, abaixei perto da Celestina para pegar algo e a surpresa: tinha vazado óleo no cardã, perto do eixo. Não fosse o cansaço da pilotagem, eu teria perdido o sono.


23/08 - terça-feira - 123o. dia






Dedico este Post a Andiara Jungmann e sua mãe Kate. A Kate amiga de longa data; a filha conheci criancinha e hoje já tem várias criancinhas. Tô ficando velho. Ambas excelentes funcionárias públicas.

Novamente a imigração americana nos barrou. Do Canadá para os USA foi pior que na divisa com o México. Primeiro foram os questionamentos do guichê principal: de onde vinha, por onde passei, se a moto era brasileira, o que a Edivânia era minha, etc. Não satisfeita nos encaminhou para à sala de vistoria no. 1.

Depois de esperar um pouco, veio o oficial que determinou que entrassemos com a moto. Daí, com os passaportes, repetiu as mesmas perguntas respondidas no guichê e fez com que eu tirasse os mapas e lhe mostrasse todo meu trajeto de subida dentro dos USA, Canadá e Alaska. Ainda implicou por eu não ter um único mapa do Canadá e sim de cada estado.

Eu acho que eles pensam que estou traficando a Edivânia, porque não parava de observá-la. Após contar meus dólares, mandou que entrássemos na sala de espera, tendo em vista que iriam vistoriar a moto. Da sala dava para ver a moto e as ações dos inspetores ao redor dela. O oficial que nos mandou para sala vistoriou a bolsa do tanque, que já estava aberta devido aos mapas e a mochila que a Edivânia carrega, que também já estava aberta.

Depois assistimos a seguinte sena: ele rodeou a bagagem da Celestina e chamou outro que fez a mesma coisa. Depois foram chegando oficiais, todos em torno da moto, mas só tocavam de leve na bagagem. Também a Celestina está parecendo uma carroça de mascate, ou daquelas carrocinhas de mão de andarilhos do asfalto: tem saco pendurado para todo quanto é lado. Como acabou o frio e a chuva, fomos amarrando as roupas usadas para estes fins. Para chuva tem um macacão super grande que nem usei. Era para o caso das roupas novas vazassem água, como foram eficazes, não o usei; uma jaquetinha de plástico minha e um conjunto calça e blusa da Edivânia. Para frio sobraram os forros das jaquetas e das calças de motociclista dos dois. Além dos sacos contendo de tudo, até um chuveiro de camping, que não sei porque comprei e a Edivânia não deixa eu descartá-lo, estamos carregando.
      Acho que eles afinaram, em mexer naquilo tudo.

Quandos nos autorizaram a deixar a sala contamos sete oficiais que ficaram assistindo a gente organizar as poucas coisas mexida. A cada ação minha, olhava para eles e eles na mesma posição; nenhum saiu ou sequer se movia. O ritual para um motociclista empreender marcha é bem demorado: tira óculos, poe capacete, coloca óculos, coloca blusa, calça as luvas e ainda tíhamos que guardar as coisas dentro da mala do tanque e dentro da mochila. A mala do tanque, só para fechar, gasta uns 5 minutos de tão cheia que está. Tudo isso foi feito com os sete oficiais nos olhando. Dei partida na moto e nos mandamos.

Considerando que a freeway 29 estava muito reta resolvemos deixá-la e pegar a Rodovia no. 2, que passa por pequenas cidades. Rodamos por esta rodovia até anoitecer.