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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

23/08 - terça-feira - 123o. dia






Dedico este Post a Andiara Jungmann e sua mãe Kate. A Kate amiga de longa data; a filha conheci criancinha e hoje já tem várias criancinhas. Tô ficando velho. Ambas excelentes funcionárias públicas.

Novamente a imigração americana nos barrou. Do Canadá para os USA foi pior que na divisa com o México. Primeiro foram os questionamentos do guichê principal: de onde vinha, por onde passei, se a moto era brasileira, o que a Edivânia era minha, etc. Não satisfeita nos encaminhou para à sala de vistoria no. 1.

Depois de esperar um pouco, veio o oficial que determinou que entrassemos com a moto. Daí, com os passaportes, repetiu as mesmas perguntas respondidas no guichê e fez com que eu tirasse os mapas e lhe mostrasse todo meu trajeto de subida dentro dos USA, Canadá e Alaska. Ainda implicou por eu não ter um único mapa do Canadá e sim de cada estado.

Eu acho que eles pensam que estou traficando a Edivânia, porque não parava de observá-la. Após contar meus dólares, mandou que entrássemos na sala de espera, tendo em vista que iriam vistoriar a moto. Da sala dava para ver a moto e as ações dos inspetores ao redor dela. O oficial que nos mandou para sala vistoriou a bolsa do tanque, que já estava aberta devido aos mapas e a mochila que a Edivânia carrega, que também já estava aberta.

Depois assistimos a seguinte sena: ele rodeou a bagagem da Celestina e chamou outro que fez a mesma coisa. Depois foram chegando oficiais, todos em torno da moto, mas só tocavam de leve na bagagem. Também a Celestina está parecendo uma carroça de mascate, ou daquelas carrocinhas de mão de andarilhos do asfalto: tem saco pendurado para todo quanto é lado. Como acabou o frio e a chuva, fomos amarrando as roupas usadas para estes fins. Para chuva tem um macacão super grande que nem usei. Era para o caso das roupas novas vazassem água, como foram eficazes, não o usei; uma jaquetinha de plástico minha e um conjunto calça e blusa da Edivânia. Para frio sobraram os forros das jaquetas e das calças de motociclista dos dois. Além dos sacos contendo de tudo, até um chuveiro de camping, que não sei porque comprei e a Edivânia não deixa eu descartá-lo, estamos carregando.
      Acho que eles afinaram, em mexer naquilo tudo.

Quandos nos autorizaram a deixar a sala contamos sete oficiais que ficaram assistindo a gente organizar as poucas coisas mexida. A cada ação minha, olhava para eles e eles na mesma posição; nenhum saiu ou sequer se movia. O ritual para um motociclista empreender marcha é bem demorado: tira óculos, poe capacete, coloca óculos, coloca blusa, calça as luvas e ainda tíhamos que guardar as coisas dentro da mala do tanque e dentro da mochila. A mala do tanque, só para fechar, gasta uns 5 minutos de tão cheia que está. Tudo isso foi feito com os sete oficiais nos olhando. Dei partida na moto e nos mandamos.

Considerando que a freeway 29 estava muito reta resolvemos deixá-la e pegar a Rodovia no. 2, que passa por pequenas cidades. Rodamos por esta rodovia até anoitecer.


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