Esse carro da foto é um dos taxis que anda pelo interior da Venezuela, Todos em situação lastimável.
Por volta das 10 horas estávamos dando saída da Colômbia. A aduana, ao contrário da entrada, foi rapidíssima. A imigração demorou mais um pouco porque tinha muita gente para ser atendida. Do lado da Venezuela foi rapidíssimo. O único problema foi que nas proximidades da divisa só compra gasolina nos postos quem tem autorização. Eu que tinha deixado para abastecer com gasolina barata, tive que pagar o preço da Colômbia no cambio negro.
Foram uns 90 km de pobreza e carros enormes e velhos dentro da Venezuela. Andei o tempo todo chingando o Hugo Chaves por tamanho atraso. Porém, quando aproximamos e entramos na cidade de Maracaibo a coisa muda de figura. Uma cidade de um milhão de habitantes que ostenta riqueza e capitalismo para toda a parte. Contei quatro Mac Donalds e dois Burguer Kings, sem contar as concessionárias de carros asiáticos. Os carros caindo aos pedaços passaram a ser minoria; na maioria taxis. Os taxis que rodam em Maracaibo são enormes, feios e velhos.
Como passamos num shoping center para comer um Big Mac, quando saímos já estava escurecendo.
Estamos tomando um medicamento para prevenir da malária e ele tem prejudicado nosso estômago. Não temos muita vontade de comer e quando comemos a boca não é boa. Assim estávamos bem fracos no final do dia e resolvemos procurar um hotel. Todos os hotéis que nos informaram e encontramos eram acima de U$ 90. Então resolvemos sair da cidade para procurar um posto de gasolina para acampar. Como minha gasolina estava bem pouca parei num posto dentro da cidade para abastecer. Após abastecer, um cara chegou no frentista e, sem mais nem menos, perguntou quanto era meu abastecimento e pagou. Diate da generosidade aproveitei para dar mais uma facada, perguntando se ele não sabia de um lugar para podermos armar a barraca e passar a noite. Sorridentemente disse para seguir-lhe que iria mostrar um lugar muito bom para acampar. Minha esperança era que ele nos levasse para sua casa
Assim partimos atrás de um dos poucos taxis que não era caindo aos pedaços. Nos levou até a praça de pedágio na entrada da gigantesca ponte que atravessa o Lago Maracaibo. A ponte deve ser tão cumprida quanto a Rio-Niteroi. Chegando no destino, depois de andar uns 15 km, atrás do taxi com os piscas alarmes ligados, ele procurou o gerente do pedágio e pediu para acamparmos no pátio o que foi prontamente aceito.
Quando estávamos quase terminando de armar a barraca vem para o nosso lado dois policiais rodoviários. Pensei: “agora fudeu!”. Os policiais chegaram, cumprimentaram e começaram a perguntar sobre nossa viagem. Quando terminamos a conversa nos mostraram onde era o escritório deles e, em poucos minutos, estávamos tomando banho numa super ducha.
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