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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

11/12/2011 - Domingo - 233o. dia - Darien Gap







A partir das 23 hs de ontem até lá pelas 9 horas de hoje estivemos sob tormenta. No inicio foi muito forte o Capitão determinou que todos fossem para suas camas e, ele e seu auxiliar, trabalharam muito. Nós também sofremos. Fiz a seguinte média: 40% ficávamos de cabeça para baixo; 40% de cabeça para cima e uns 20% na horizontal. Média muito otimista, porque acho que não fiquei na horizontal esse tanto de tempo. Cada grande onda que via levantava o bico do navio e quando chegava no fim, levantava a popa do navio e proa embicava. Tinham momentos que ficávamos sem contato com a cama; a cama vinha encontrar com nosso corpo já na volta. Mesmo assim conseguimos dormir. Depois que percebemos que a tormenta não passaria dormimos. Mesmo com as velas recolhidas o barco tombava muito e isso me fazia acordar para ajeitar o corpo.

O restante do dia foi normal, exceto por uma discussão que tive o capitão. Devido ao mau tempo ele nos deu uma maça para cada um do grupo de manhã e insisti que com uma panela tampada dava para esquentar uma água para eu fazer meu café com leite. Com a cara não muito boa ele fez. Lá pelas onze saiu um café com leite. No almoço sem justificativa nenhuma foi nos dado duas opções: um copo de sopa ou um sanduíche. Nós escolhemos sanduíche e demos sorte porque pudemos comer dois o pessoal da sopa, também avançaram no pão de forma. Logo em seguida eu pedi um pouco de água quente para meu café. Ele fez cara feia. Quando foi lá pelas 16 horas serviu um pouco de mamão com abacaxi que foi muito pouco. Então eu peguei o meu copo particular, coloquei do meu leite e do meu café, pequei da minha bolacha e subi para convés e pedi mais água quente e novamente ele fez careta.

Então fui obrigado a lembrar-lhe que ao partir ele nos disse que haveria 5 refeições: de manhã, as 10 horas frutas e almoço. Ás 16 hs teria um lanche e a noite jantar. Perguntei se teríamos carne ele disse, naquela oportunidade, somente pescado.

Acontece que apareceu pescado uma vez no segundo dia á noite que ele comprou de um índio. Eu não gostei, sobretudo porque estava tarde da noite, mas o grupo gostou.

Discutimos um tempo e o Uruguaio ficou omisso; o grupo de holandeses e suíços não entendia nada, mas quando ele trouxe minha água e perguntou-lhes se alguém queria leite com café todos quiseram. Inclusive a mulher do capitão e ele próprio.

No primeiro dia fui até o fogão barco para fazer meu próprio café. Na segunda ida minha ele me abordou perto de todo o grupo que somente sua esposa estava autorizada a mexer no fogão. Aí eu respondi que tudo bem; eu pediria a ela. Na primeira veza que a pedi ela fez careta, também.

Mas ele tem uma grande virtude que admiro nas pessoas. Ele não guarda rancor. Ela já brigou com outros, mas logo está legal.


Um comentário:

  1. Nossa! que holandeses bonitos!!! Uhu!!!
    Daria gosto ficar 48 hs num barco assim!
    Rs..beijos grandes!
    te amo!

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