Banner

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

10/10/2011 - Segunda-feira - 171o. dia - Merida no México



Dedico este Post ao Cleyton de Souza Perez, o Bodinho. Ele que foi meu companheiro de trabalho na gestão do Rogério Troncoso. Pessoa muito alegre e comunicativa que me acompanha pelo Blog.

Hoje o objetivo era dormir em Merida, uma grande cidade capital de estado. Mas quando peguei a estrada após Fronteira e antes da Cidade Del Carmen, pensei que seria impossível. O pequeno fio de terra, agora com o mar dos dois lados, disputam o mesmo espaço. Uma estrada que teria a largura de uma mão de pista, é usada para passar em duas mãos, carros, caminhões, tricículos, bicicleta e pedestres. São quase 40 km nessas condições, sem contar as centenas de quebras-molas.
Se antes eu já estava magro, agora estou transformando em pura pelanca. Tenho me cansado muito com essas estradas.
Apesar das estradas chegamos em Merida a tempo de dar um giro nela. O Sol estava baixo e disse para a Edivânia: “Vamos pegar a etrada rumo a Cancum, lá a gente arruma um posto para dormir”. Assim fizemos.
Depois de dar uma errada de uns 20 km ida e volta, pegamos a estrada. Um estradão. Boa para andar a 110, mas o limite era 90. Em torno de 100 km/h pilotei na expectativa de um posto. O sol se foi, o odômetro que começou com 50 km foi a 100 e quando estava em 150 apareceu uma placa indicando posto a 58 km para frente.
Foram poucas vezes que pilotei à noite. Numa delas passei frio de morrer no Perú. “E hoje? O que vai me acontecer?”, pensava eu. Viajar a noite no México é a única coisa que não podia fazer, segundo a recomendação dos próprios policiais. Nenhuma Vila. A rodovia foi feita para ser pedageada e é toda cercada das pequenas Vilas, para piorar o movimento nela era muito pequeno. Por vários minutos consecutivos só tinha eu na pista..
Quando eu já fazia as contas da gasolina, tendo em vista que corria risco dela não dar, eis que aparece uma placa indicando a existência de um lugar com telefone e água para lavar as mãos. Me aliviei, um pouco.
Chegando no local indicado pela placa eis que era a estação de cobrança de pedágio. Parei a moto de um lado e fui procurar o responsável e dizer-lhe que ia dormir ali, por falta de gasolina. Porém o responsável disse que a 6 km, saindo daquela Rodovia tinha uma vila e que o posto funcionava 24 hs/dia e disse que nào poderíamos acampar ali por se tratar de zona de segurança.
Pagamos o pedágio e nos dirigimos à cidade com o nome de Piste. Antes de chegar ao posto, um cheiro de Pizza passou pelo meu nariz e parei imediatamente, tendo em vista que minha fome era maior que a necessidade de gasolina.
Na primeira conversa com o garçon que estava à porta achei o valor de 105 pesos pela Pizza caro. O rapaz simpataticamente nos indicou diverso lojinhas de comida em frente e disse que por 15 pesos comeríamos um sanduiche. Porém quando vímos as amostras, resolvemos voltar para a Pizza.
Cada 7 pesos equivale a R$ 1. Então na verdade uma unidade no tamanho médio me custaria R$ 15, o mesmo que nas Pizzarias mais simples de Goiás.
O Vicente, o nome do garçon, veio conversar com a gente e logo perguntamos se existia um local na cidade onde poderíamos armar uma barra e, se possível, tomar um banho.
Ele respondeunque banho poderíamos tomar ali mesmo, na Pizzaria. Estranhei, porque as instalações eram bem granfinas e tem mesa para duas vezes a população da cidade. Ele até sugeriu tomarmos banho antes de comer, mas não concordei porque a fome era brava. Sobre acampar estranhei mais ainda porque nos disse poderíamos acampar dentro da sede da Prefeitura. Pensei: “esse cara tá com gozação!”.
Depois ele nos levou para o fundo da Pizzaria e verificamos que existia diversos quartos de aluguel, uma grande piscina e diversas salas comerciais convergindo para um pátio. Após o banho comecei a acreditar no Vicente e pedi mais informação sobre o acampamento.
Para encurtar a conversa dormimos dentro da Prefeitura, que aqui chamam de Palácio Municipal. Tivemos apenas que esperar mais um hora, até que uma reunião acabasse.
E assim dormimos.



Um comentário:

  1. Rapaz, muito boa a sua história. O mundo é rico demais de pessoas, costumes, atrativos. Lendo seu post, eu estava apostando que o Vicente na verdade era mesmo, o Prefeito da cidade..rsrsr

    Cara, mais uma vez, ótima viagem a você e esposa e que Deus lhe tire as coisas ruins do caminho, como tem feito desde que sairam de Morrinhos.

    Abraço grande!!!
    fORMAT
    Alcateia MC
    GOiânia-GO
    artegyn@gmail.com

    ResponderExcluir