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terça-feira, 3 de maio de 2011

02/05/2011 - Segunda-feira - 10o. dia































Ontem tivemos que usar a reserva de 10 litros de gasolina dos tanquinhos e hoje achei seguro comprar 4 litros de um motorista de taxi, tendo que o próximo posto ainda está a 200 km de distância.











A nossa mente foi toda dedicada às estórias ouvidas durante o caminho. Os oito Harleyros bolivianos que encontramos na aduana disseram que tiveram que contratar um caminhao para transportar as motos por 47 km sem asfalto. Alegaram existência de muito barro e grandes trechos de pedras em aclives. Passaram tanto medo que a minha corajosa companheira ficou com medo. Para complicar ouvimos os mais absurdas estórias de assalto e roubo nesse percurso.

Meu argumento foi:"quando chegarmos mais perto a gente fica sabendo". Assim partimos. Quanto mais perto chegávamos do trecho mais otimistas eram as informaçoes.
Até que enfim, após quase 500 km sem posto, chegamos à San José de Chiquitos, onde abastecemos. A respeito da pobreza da regiao, o dono do posto apresentou o seguinte argumentou: "hoje estamos no mesmo estágio de desenvolvimento que Mato Grosso, no Brasil, estava em 1965. E eu acrescento: a regiao Oeste da Bolívia está no mesmo estágio de desenvolvimento do Tocantinis na década de 80, ou seja: com 30 anos de atraso. Esse senhor foi otimista quanto à nossa subida na estrada sem asfalto.
Esse senhor nos recomendou visitar a igreja da sua vila. Foi uma grata surpresa. Uma maravilha construida por volta de 1800 que tem capacidade para comportar 20% da atual populaçao da cidade. Hoje a vila deve ter 3 mil habitantes, imagine por volta de 1800, para que uma igreja daquele tamanho?
Assim resolvemos fazer o que as Harley nao fizeram: enfrentar o trecho. Depois de umas 4 horas chegamos ao final dos 47 km felizes da vida. Quando eu consertar meu netebook, vou gerar um filme contendo as peripécias dessa viagem.


3 comentários:

  1. sinomar cada vez te admiro mais vc e sua companheira,vai com deus meu amigo,tem um casal aqui em morrinhos que torce muito por vcs leo mabel e janaina....

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  2. Caramba Sinomar, rodar nessas estradas de terra, cheias de pedras, não deve ter sido fácil hein...?? Já que estás numa moto estradeira e não de trilha ou touring. Tem que ter braço.. e paciência.

    Format

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  3. Bravo! seria a palavra para expressar a audácia... passei neste trecho com uma XT660 e não foi muito fácil... e durante a volta passei de noite.. ai sim... foi de arrepiar!

    E também.. ouvi outras histórias de assaltos.. mas, nenhum bandido sonha que por ali vai passar uma custom com Sr. sinomar velho-doido.

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