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sábado, 21 de maio de 2011

17/05/2011 - Terca-feira - 25o dia











Dedico este Post aos ancoras musicais da Radio Integracao News FM, Samuel Martins (Samuca) e Luciano Leite, em agradecimento aos comentários elogiosos a meu respeito.


Com a bencao do Pastor, talvez, o dia comecou lindo. Debaixo do meu capacete minha mente divagava e curtia aquela paisagem cheia de curvas e serras. Na parte da manha, até o meio dia, a viagem foi subindo, subindo e subindo serra e depois, descendo, descendo e descendo a mesma serra. A partir da uma hora da tarde até as quatro foi ainda mais maravilhosa. Pilotei por uma estrada cercada por grandes montanhas, num vale, em cujo interior corria um rio de águas lindas, com uma cor azul para o lado de verde. Na medida que o rio entortava para fugir das pedras a estrada entortava também promovendo curvas suaves e gostosas. Pensei várias vezes: "pilotar é gostoso demais!".


Por volta das 16 horas parei para abastecer e a frentista me advertiu: "Coloque a gasolina octagem 90, porque ela é melhor para o senhor subir a serra". Fiz umas indagacoes e descobri que tínhamos pela frente 175 km entre a subida da serra, a permanencia em cima dela e a descida. Calculei que em 3 horas romperia essa distância, chegando na cidade de Púqui por volta das 19 horas. Tinha descoberto, também que Púquio era mais quente.


Decidimos partir, tendo em vista que ainda era muito cedo para dormir. Entao, a aprtir dessa decisao, comecou o nosso sofrimento. Nem bem comecamos a subir a serra e o vento apareceu trazendo com ele um frio ainda nao muito forte. Fomos subindo e frio aumentando. Até que a Celestina deixou de andar e pedindo primeira marcha a qualquer subidinha e mesmo assim, nao respondendo. Decidi parar e tirar o filtro de ar, como ja tinha feito em outros locais acima de 4 mil metros acima do nível do mar. Nessa hora, poderíamos termos nos agasalhados melhores, mas nao esperávamos mais frio. A nossa mente está acostumada com frio maior na parte da madrugada.


Com a moto voltando a andar comecei a fazer curvas a 80 km/h, pensando: "logo estaremos em Púquio!". O sol se punha e no seu lugar aparecia uma grande, linda e brilhante lua que anulava o farol da Celestina. Foi quando notei que a moto jogava a trazeira em qualquer curva ou em qualquer acelerada. Reduzi a velocidade para tentar entender o que ocorria e resolvi parar para ver se nao era o pneu trazeiro que estaria furado. Com auxilio da luminosidade da lua, verifiquei que nao tinha nada com o pneu. Entao pedi para a Edivânia fazer uma massagem no meu pescoco, tendo em vista que o vento tinha deixado como sequela uma insuportável dor no lado direito entre o ombro e a cabeca. Foi quando a Edivânia disse: "meu bem sua jaqueta está cheia de gelo!".


Foi entao que entendi que a moto nao tinha aderência era por causa do gelo no asfalto. Também entendi que uma coisa que incomodava os dedos do pé era o suor que tinha virado gelo dentro das minha bota. Tirar a jaqueta para vestir mais roupas de frio era inviável, tendo em vista que o frio era insuportável. Éstávamos proximo de uma placa que informava: "Puquio a 30 Km". Resolvemos partir. Pilotei esses 30 km a 20 por hora com medo de cair. Depois, na descida da serra nao tinha mais gelo, mas tinha muita curva e minhas articulacoes e refexos estavam comprometidos e continuei na mes ma velocidade.


No primeiro hotel que encontramos o contratamos. Determinei para a Edivânia ficar uns 20 minutos debaixo da ducha quente enquanto buscaria algo para comer. Encomendei uma pizza que comemos no quarto.


Mesmo após o banho, comida e debaixo das cobertas os lábios da Edivânia ainda estvam roxos. Nunca passasmos tanto frio na vida.


No outro dia fomos rir do sofrimento.

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