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segunda-feira, 9 de março de 2009

04/03/2009 - S.Pedro do Atacama - Passo Jama (divisa Chile e Arg) - Pumamarca (arg) - 409 km




Após um ano de planejamento da viagem e uns três de consulta na internet, não sabia que a cordilheira dos Andes tinha mais 200 km de planície no seu topo. Para mim, a gente subia de um lado e descia do outro. Outro erro infantil, foi pensar que a descida ficava perto da divisa do Chile com a Argentina. Esses erros me obrigaram descê-la ao escurecer e custou-me a visão da paisagem, as fotos e a dificuldade em descê-la. No meio das nuvens e no escuro da noite, que não permitiam visão superior a 15 metros, além da pista molhada, encarei a descida. Não dava para dormir em cima, devido a falta de povoado, comida e dos efeitos que sofria da altitude. Ao passar por Susques, uma comunidade indígena em cima da cordilheira, vi um posto de saúde e parei para aferir minha pressão. Eram 15 horas e minha pressão estava em 15 x 10, apesar de ter tomado meu remédio de manhã. Porém, correu tudo bem. Muito cansaço, 2 fotos, apenas, mas muita adrenalina.
Quando iniciei a subida, logo perto de São Pedro, percebi que a Celestina não queria andar nem de segunda. Então, vendo a enorme montanha na minha frente, resolvi tirar o filtro de ar, conforme já li na internet. Foi uma excelente solução, pois ela voltou a andar normalmente. Posteriormente, conversando com um motorista de caminhão, com 61 anos de idade e 40 de profissão, me ensino que se colocar uma cebola amassada dentro do recepiente do filtro, não há necessidade de tirara o filtro (do jeito que saia a maior quantidade de sumo possível, mas não se desintegre como nos molhos). Segundo ele o "cheiro" da cebola entrando no carburador, levanta até caminhão velho. Nas fotos uma mostra as casas a outra as pessoas do povoado de Susques.

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